O Corvo: Busto Edgar Allan Poe “Boo!”
Por Dado Ellis em 7 de October de 2012Há 163 anos atrás, num outro domingo dia 7 em outubro de 1849, morria no hospital da Universidade Washington o escritor Edgar Allan Poe aos quarenta anos de idade. A sua morte foi cercada de mistério, pois quatro dias antes, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, Maryland, em um estado delirante, foi internado e não recuperou a lucidez para explicar como havia chegado àquela situação. Saiba mais detalhes no post Morte de Edgar Allan Poe na Wikipédia.
O artista Tim Bruckner criou este busto de Edgar Allan Poe falando “Boo!” inspirado no Busto de Atena, que aparece no trecho abaixo do poema O Corvo, publicado pela primeira vez no New York Evening Mirror em 1845.
“Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.” O Corvo Edgar Allan Poe (Tradução de Fernando Pessoa).
O Boo! Edgar Allan Poe Bust foi criado para assustar os corvos que gostam de pousar em obras de arte, por isso Poe tem a boca desenhada como se estivesse falando boo! O busto é feito de resina, mede 29 cm de altura e está disponível em tres modelos: em branco para ser customizad, pintado em cores ou em preto e branco como na imagem acima.
O busto Edgar Allan Poe Boo! custa US$175 na The Tim Bruckner Shop com frete para o Brasil já incluso.
Uma curiosidade: o poema O Corvo é muito difícil de ser traduzido graças aos intrincados mecanismos métricos e fonéticos, mas dois grandes mestres fizeram duas grandes traduções para o português: Machado de Assis e Fernando Pessoa. Compare as duas versões: O Corvo (tradução de Machado de Assis) e O Corvo (tradução de Fernando Pessoa).
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Via Action Figure Times.
Clique abaixo para ver mais imagens e ler o trecho do poema nas duas traduções e no original.
Trecho de O Corvo de Edgar Allan Poe:
“Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.” – Tradução de Machado de Assis
“Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.” – Tradução de Fernando Pessoa
“Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately raven of the saintly days of yore.
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door –
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door –
Perched, and sat, and nothing more.” – Edgar Allan Poe, The Raven Original
The Raven narrado pelo ator Vincent Price: