O futuro dos brinquedos: IA, realidade aumentada e buscas interativas
Por Dado Ellis em 11 de February de 2025
Toda geração acredita que teve uma infância melhor do que a anterior, o que na prática não passa de nostalgia. O que existe, de maneira indiscutível, é a diferença de como acessamos o entretenimento.
Antes da prevalência da internet na maioria esmagadora dos lares brasileiros (próxima de 90% de acordo com algumas estimativas mais otimistas), a maneira como descobríamos novos produtos era a partir de propagandas na televisão ou diretamente nas lojas. Naturalmente, o cenário se modificou.
Nos dias atuais, a descoberta de brinquedos, por exemplo, se dá majoritariamente através das redes. Mesmo os buscadores como o Google, os quais antes reinavam supremos, agora parecem se moldar às vontades das redes. Segundo pesquisa da ExpressVPN sobre o tema, vamos falar um pouco mais!
Qual a relação dos brinquedos com as novas tecnologias?
Segundo a pesquisa publicada pela ExpressVPN, entre 29% e 39% das pessoas que utilizam as redes sociais o fazem buscando informações relevantes sobre produtos. Um Funko Pop de edição limitada, por exemplo. Essa é uma alternativa tecnológica interativa que não existia no passado dos brinquedos.
De maneira similar, temos aqueles brinquedos com funcionalidades online, como um aplicativo que altera configurações ou um site onde são encontradas informações e jogos adicionais. É notável um esforço no sentido de unir as duas esferas: os brinquedos físicos e as possibilidades do que é digital.
Essa tendência é especialmente forte entre as gerações mais jovens, com a pesquisa da ExpressVPN citando que 66% dos internautas entre 18 e 26 anos fazem uso diário tanto das redes sociais quanto de ferramentas de busca como o Google. E esses números não são tão diferentes entre os mais velhos.
Como funciona o entretenimento com IA e VR?
No tópico anterior nós tocamos brevemente em alguns tipos de tecnologias que vêm sendo adotados a brinquedos, de modo que vale a pena dar destaque a exemplos, os quais aparecem no próprio título desse texto: as inteligências artificiais e a realidade aumentada. Ambas cumprem um papel relevante.
As inteligências artificiais, mais conhecidas como “IA”, já estão presentes no entretenimento digital há décadas, com a sua aparição mais prevalente sendo em jogos de videogame. Mais recentemente, elas vêm sendo aplicadas em brinquedos, auxiliando para que eles tenham funções de independência.
Já no caso da realidade aumentada (ou realidade virtual, de onde vem a sigla “VR”), temos acessórios que permitem explorar espaços digitais associados (ou não) aos brinquedos físicos. Tecnologias como os Amiibos da Nintendo ou os bonecos da marca Skylanders fazem um uso estratégico dessa união.
A evolução dos brinquedos conectados: mais que interatividade, imersão
Uma das tendências mais fortes no universo dos brinquedos é a integração de conectividade. Brinquedos conectados não apenas interagem com o usuário, mas também oferecem uma experiência mais imersiva, ampliando as possibilidades de jogo.
A conectividade entre brinquedos e dispositivos móveis, por exemplo, já é uma realidade com brinquedos que se conectam via Bluetooth ou Wi-Fi, permitindo ao usuário desbloquear novos recursos, interagir com outros brinquedos ou até mesmo jogar com amigos à distância.
Nos próximos anos, podemos esperar brinquedos que evoluam para experiências mais personalizadas, em que as preferências do usuário sejam armazenadas e o brinquedo “aprenda” a se adaptar a essas escolhas, graças à inteligência artificial. Isso trará uma experiência de jogo mais dinâmica e única para cada criança.
Realidade aumentada: novos mundos ao alcance das crianças
A realidade aumentada (RA) já começou a deixar sua marca no mercado de brinquedos, mas o futuro promete experiências ainda mais sofisticadas. Brinquedos que usam RA permitem que as crianças explorem mundos virtuais enquanto interagem com o mundo físico, criando um tipo de entretenimento híbrido. Um exemplo disso é o uso de aplicativos de RA para desbloquear personagens em 3D ou para criar mundos imaginários em tempo real.
Nos próximos anos, podemos ver brinquedos que transformam a própria casa da criança em um cenário interativo, onde ela pode realizar atividades como caça ao tesouro, construir mundos virtuais ou até mesmo interagir com brinquedos que “ganham vida” através de dispositivos móveis.
O futuro dos brinquedos com RA é repleto de possibilidades, criando experiências mais envolventes e educativas.
O que podemos esperar para o futuro dos brinquedos?
A partir de tudo o que falamos até aqui, nós somos capazes de realizar algumas previsões. A primeira delas é a de que as tecnologias não só continuarão impactando os brinquedos e as suas buscas online, como o peso desse impacto aumentará (e muito). As IA, em especial, parecem ter chegado para ficar.
Já no caso das buscas interativas, podemos cravar com certa confiança que as ferramentas de busca como o Google perderão mais e mais espaço para as redes sociais, e até mesmo para as próprias IA. Dados da ExpressVPN inclusive citam que cerca de 1/3 dos internautas já se vale das IA para pesquisas.
Para os entusiastas de brinquedos e produtos relacionados, essas (e outras) tendências são positivas. A adoção de tecnologias geralmente é sinônimo de maiores inovações e elevada acessibilidade, com a perspectiva de que interesses cada vez mais específicos sejam contemplados por produtos da área.
Embora boa parte desse texto tenha se dedicado aos brinquedos num contexto infantil, vale reforçar que os mesmos fenômenos são observados quando falamos sobre a busca de produtos dessa natureza entre jovens adultos. A partir dessas tendências, vale a pena aproveitar o que as tecnologias oferecem.